24.12.09

2010: plans

The year is about to end and we are very happy with the results of NOVA JOIA.
Our blog has been a success. With just a month of existence we had more than 1600 visits. Among them 30 % from abroad. Different cities in each country: Portugal, Spain, Belgium, France, England, Germany, Sweden, Netherlands, Switzerland, Australia, Israel, Greece, Italy, Luxembourg, Finland, Slovenia, United States, Argentina and Mexico.

We have plans to keep on our workshops and DIALOGOS but for now the only news we can publish is that next March there will be another NOVAJOIA exhibition.

We would like to thank you all for visiting us!
We will have a short break and we will come back in January 5th.

HAPPY NEW YEAR EVERYBODY!


O ano está acabando e estamos muito felizes com os resultados no NOVA JOIA. Nosso blog tem sido um sucesso. Com pouco mais de um mes, tivemos mais de 1600 visitas. Entre essas, 30 % vem do exterior. Diferentes cidades de cada pais :Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Suécia, Holanda, Suiça, Austrália, Israel, Grécia, Itália, Luxemburgo, Finlândia, Eslovenia, Estados Unidos, Argentina e México.

Nós temos planos de continuar com os workshops e introduzir os DIALOGOS. No momento a única notícia concreta que podemos passar é que fechamos uma parceria e ocorrerá em Março uma exposição de caráter nacional (por enquanto ). Futuramente informaremos sobre o processo de inscrição que será via email.

Gostaríamos de agradecer a todas as visitas!
Faremos uma pequena pausa e voltaremos a todo vapor em janeiro, a partir do dia 5.

FELIZ ANO NOVO PARA TODOS!!!


23.12.09

Stella Bierrenbach 2: jóia/desenho

Continuando a falar com Stella Bierrenbach desvendamos um pouco mais do conceito por trás da produção:
"Me interesso por jóias que contam uma história. De jóias cuja preciosidade se mostra evidente menos pela sua constituição material que pelos sentimentos que ela pode inspirar. De jóias que são, alternadamente, usáveis e objetos autônomos. A jóia é intimamente ligada ao seu portador. Este lhe transmite sua identidade, a jóia vira um receptáculo dessa identidade.
Mas uma jóia tem o seu carater também, não é simplesmente um jarro a ser preenchido. Gosto de pensar que uma jóia tem uma historia passada, e quando não esta sendo usada, pertence à um lugar só seu. Se temos um lugar pra viver, uma casa, a jóia também tem. Um lugar especifico determinado pela identidade de uma peça especifica. Num jogo de escala, a jóia ora esta no corpo da gente, ora é o próprio corpo. A relação estabelecida entre jóia e portador é um dialogo entre duas identidades. Um dialogo que acontece em vários lugares e que acolhe outros interlocutores. Se por acaso queremos usa-las, eles continuam la, esperando elas voltarem...


 
Perguntei sobre a presença de outros objetos em seu vocabulario (cadeiras, comodas, etc) e que maravilha, um raciocínio desenho/jóia, jóia/desenho esta por lá também:
"Utilizo muito elementos de maquete e casa de boneca, para estressar esse jogo de escala onde a jóia vira a "pessoa"; esse conceito  declino de acordo com o que quero falar: memoria, ausência ou mesmo o valor material das jóias de luxo (coleçao Place Vendôme, devo ter mandado algumas fotos)
Acho que essa dimensão "autônoma" que dou para jóia é que me faz optar por não mostra-las num corpo, mesmo quando não faço as instalaçoezinhas. Alias, me faz pensar nessa historia desenho/jóia que tem no blog. Talvez mostrar a jóia no corpo limita o potencial de comunicação da mesma. Uma vez em volta do pescoço, vemos um colar, e não um objeto que pode nos inspirar tantas outras historias, como um desenho, uma pintura, uma escultura... essas ultimas peças que fiz ilustram isso. Nas andanças em feirinhas, brocantes e vide-greniers, recupero diversas peças em prata e dou uma segunda vida pra elas. E quando vejo a forma que elas tomam, são como traços de um desenho, são linhas que formam uma narrativa.
"
 




 
Talking to Stella Bierrenbach about her work, I asked her what are the concepts behind them:
"I am interested for jewellery that tells a story, which preciousness is not so evident. At least not in its material and more in the feelings it may inspire. Jewellery that are usable but also autonomous objects. The jewel is closely connected to its user, who transmit to it his/hers identity, so the jewel is a stowage for this identity. But a jewel has also its on character, it is not only a vase to be filled. I like to think that a jewel has a history and when it it not used it belongs to a place of its own, If we have a place to live, a house, the jewel also has one. A specific place defined by the identity of a specific piece. In scale, the jewel sometimes is in our body, sometimes is in its own body. The relationship sptablished between the jewel and its user is a dialogue of identities. This dialogue happens in many places and can accomodate other speakers...If by any chance we want to use them , they are still there waiting...



I asked her about the presence of other objects in her vocabulary (chairs, houses, etc) and  we found out a great tunning: the thoughts of  drawing/jewellery, jewellery/drawing, the theme of this month's posts:
"I use many mock up's elements and also doll house's elements to stres this scale game where the jewellery becomes "a person" . This concecept I change according to waht I want to talk about: memory., absence or presence of material values of luxury jewels, for instance (as in  Place Vendôme pieces).
I think this autonomous dimension that i give to the jewellery is what has made me not shown them in a body. It also has made me think of this 'drawing/jewellery, jewellery/drawing' of the blog. Maybe showing my jewel in a body limits its potential of communication. Once around a neck, we see a necklace, not an object that might inspire usabout so many other stories, as a drawing, a painting, a sculpture...this last pieces are all about this. We walk in little fairs where I dig different pieces of silver.  I gave to them a second life. When I see the shape that they've got, they are like lines of a drawing, lines that make a narrative."

postado por Mirla Fernandes





22.12.09

Stella Bierrenbach 1





Stella Bierrenbach, apesar do nome que não dá muitas pistas, é brasileira. Vive e trabalha em Paris atualmente e participa do Op Voorraad . Com um trabalho intrigante, as peças de Stella expandem os limites do corpo e adquirem uma dimensão autonoma.  Aproveitando a ocasião Stella nos respondeu algumas perguntas:

Sobre como começou a se interessar sobre joalheria:
A joalheria apareceu meio por acidente; na época trabalhava com figurino em cinema e publicidade, comecei a fazer um curso no atelier do Nélsom Alvim, onde cheguei a fazer alguns meses de estagio; E fiz também alguns cursos com a Cristina Cunali que me falou do curso de joalheria do Ar.Co, em Lisboa. Fui pra la, fiquei um ano e depois fui parar em Amsterdam onde entrei no departamento de joalheria da Rietveld Academie. Foram quatro anos no minimo intensos... eu acho que a Rietveld é uma das escolas que mais incita uma exploração experimental da jolheria.  A idéia é que os alunos, através desse aprendizado onde a técnica vem servir um conceito, que sempre é posto em primeiro plano, vão construindo um vocabulário e uma visão pessoal da joalheria.

Perguntei se sentia alguma dificuldade ou diferença pelo fato de ser brasileira:
Os "clashes" com os professores e os dramas existenciais são recorrentes; é muita duvida, e eu particularmente, passei o primeiro ano boiando...o fato de ser brasileira não influenciava em muita coisa, mas claro que sempre há um certo clichê no imaginário das pessoas, tipo, as cores, a musica, a natureza... por isso sempre tinha na minha bancada uma foto do centro de são paulo pra que meus professores vissem que vinha de uma megalópole do tamanho da Holanda!
Mas apesar dos pesares, foi um período muito rico, cheio de experiências trabalhos, workshops, e sobretudo encontros com pessoas super interessantes.


Sobre o que tem feito:
Depois da formatura, vim para Paris, mas sempre mantive minha ligação com Amsterdam. Por alguns anos, com um grupo de ex-alunos da Rietveld, formamos um coletivo chamado "Solo" e organizamos exposições na Holanda, Alemanha e Suissa; Mas com membros do grupo espalhados em 5 países diferentes, foi ficando complicado gerenciar a logistica dos eventos, e resolvemos parar. Hoje em dia, depois de alguns anos de pausa, retomei meu trabalho de joalheria, mas não quero apenas fazer peças que só encontrem um publico no circuito de galerias; quero declinar esse tipo de trabalho em produtos que possam ser comercializados mais facilmente. A idéia é diversificar. E procurar soluções de como mostrar o trabalho.



 


Stella Bierrenbach,  despite the name that does not give many clues, is brazilian. She lives and works in Paris today and she participates at Op Voorraad we talked about yesterday. With an intriguing work , Bierrenbach's pieces expand the body limits and reach an autonomous dimension.  She has answered us a few questions:

About how did she get into jewellery:
Jewelley came up by accident: at the time I was working with movies and publicity, and I started doing a course at Nélsom Alvim's studio, where I stood some months as an internship. I also made courses at  Cristina Cunali's studio. She metioned the course at Ar.Co, Lisbon. I studied at Ar.Co for a year and then I went to Amsterdam to study at Rietveld Academie.  It was very intense four years...to say the least. I think Rietveld is one of the schools that stimulates more the experimental exploration in jewellery. The idea is that students , through its learning (where technique serves a concept, which is always in the first place) build a vocabulary and personal view of jewellery.


I asked her if she felt any difficulty or difference for the fact that she was brazilian:
The clashes with teacher and existential dramas were common. There is a lot of doubts, and I personally, spent the first year lost. The fact of being brazilian did not count, but of course there is a certain cliche in people's imaginary, Sort of kinds of colors, music, nature...that's why I always kept a photo of São Paulo downtown in my bench for my teacher to see that I came from a megalopolis that had the size of the Netherlands.
Despite all, it was a very rich period, full of experiences, workshop e above all, meeting with very interesting people.


About what she has been doing:
After graduation, I came to Paris, but I always kept my connection to Amsterdam. For some years a group of Rietveld's ex-students formed a group called  "Solo" and we organized shows in the Netherlands, Germany and Switzerland. But as the members were spread in 5 different countries, it was too hard to manage all the events and the group stopped existing.  Today , after some years of pause, I restartted my work, not only focused in galleries, but also to do more commercial pieces. The idea is to diversify and look for other ways of showing my work.

postado por Mirla Fernandes
 

21.12.09

Op voorraad

Terminou neste fim-de-semana mais uma "edição" do Op voorraad, que quer dizer 'em estoque'. Trata-se de uma iniciativa de 3 ex-alunas da Rietveld que tinham a intenção de dinamizar suas vendas  fora do circuito das joalherias  (embora elas tenham peças em galerias tambem).  Funciona como uma "pop-up jewellery shop", uma loja efêmera, onde cada joalheiro expõe uma peça (repetida em 5 exemplares). O visual é  simples, veja a imagem abaixo.
Interessante a iniciativa por ser exatamente o oposto da nossa necessidade por aqui: nas terras tupiniquins estamos precisando mais do que nunca de galerias para exibir adequadamente nossas produções...



Além dessa que acabou  em Amsterdam, houve outra em setembro, também em Amsterdam, e a primeira em Munique, durante a Schmuck. A vontade das meninas é que a loja seja itinerante e continue a viajar.

Entre as artistas participantes, há Karin Seufert que deu o SPA CRIATIVO em Novembro


e Stella Bierrenbach, de quem falaremos mais amanhã.




This weekend ended the third edition of  Op voorraad, that means "in stock" . This is an idea of 3 ex-students of  Rietveld that wanted to put some energy into selleing their pieces out of galleries  scene. It works as "pop-up jewellery shop", where each artist shows 5 pieces (of one model). This is an interesting contrast from what we are looking for around here: we need more than ever the appropriate spaces of  galleries to show our pieces...Among the artists we find Karin Seufert, who has been here giving the second CREATIVE SPA and also Stella Bierrenbach, about whom we will be talking tomorrow.


postado por Mirla Fernandes


20.12.09

Mirla Fernandes: desenhos/drawings

A cada novo dia de postagem,  me dei conta que o tema desenho/jóia, jóia/desenho me fascina há muito tempo, acabei selecionando algumas peças em um SET no meu flickr. Andei fuçando em meus baús, e achei alguns exemplos que  posto por aqui enquanto esperamos a contribuição de outros colaboradores! Esperamos seus exemplos!!
After each day of posting I realized that this theme drawing/jewellery, jewellery/drawing fascinates me for a long time. I've been digging around my own production and I found some examples that I post here and in my flickr, while we wait for the contribution of other collaborators! Send us your examples!



Herança, 2006



Postado por Mirla Fernandes

18.12.09

Dani Soter: jóia/desenho 2


Continuando a conversa com  Dani Soter, perguntamos sobre seu percurso, como ela chegou a joalheria:
Sou formada m Línguas e Civilizações Estrangeiras ( Sorbonne, Paris). Passei por uma crise de identidade que me levou a buscar na arte o trabalho que eu de fato gostaria de desenvolver. A fotografia era o suporte com o qual eu me sentia mais à vontade. Fiz alguns cursos, participei de salões, comecei a expor...
Em meu trabalho fotográfico o corpo( ou a sua ausência) sempre teve importância. Daí foi um passo para eu começar a interessar-me por joalheria. Quando penso eu jóias penso antes de mais nada na relação delas com meu próprio corpo e como elas podem exercer a função de “dispositivo de comunicação” com outra pessoa.Necessito que exista a possibilidade de interação. Pensando bem, acho que a máquina fotográfica se parece muito com um colar...
Antes de ir para o Ar.co fiz um workshop de joalheria com Alexandra Lisboa, na galeria Reverso. Minha vontade de aprender surgiu depois de ter visto a exposição de Leonor Hipolito lá. Depois quis dar continuidade às minhas recentes descobertas e fui ao Ar.Co por conhecer a reputação da escola, muito voltada para a “joalheria conceitual”, graças à visão de Cristina Filipe. 



Still talking to Dani Soter, we asked her about how she started working with jewellery:
I am graduated in Languages and Civilizations (Sorbonne, Paris). I had an identity crisis which led me to art and to the work I really wanted to develop. The photography was the midia I felt more confrotable with.I did some coursed, participated in group and solo exhibitions... 
In my work with photograph the body (or its absence) always had an important role. Then it was just a step for me to get interested in jewellery. When I think of jewellery it is always related to my own body and how they can be a communication device for another person. I need that it exist the possibility of interaction Well, somehow I think the camera is like a necklace.
Before going to Ar.Co I partipated in a jewellery workshop with Alexandra Lisboa at galeria Reverso. My wish to learn appeared after visiting  a Leonor Hipolito's show at the same gallery. Then I went to Ar.Co because I knew the school's good reputation towards conceptual jewellery, thanks to the view of Cristina Filipe.



 

postado por Mirla Fernandes

17.12.09

Dani Soter: desenho/joia 1

O trabalho da artista gaúcha Dani Soter apresenta muitas vezes a forte presença da linha. Perguntamos a artista que hoje vive em Lisboa sobre a linha/percurso e como ela vê a relação desenho/jóia em seu trabalho:

Interesso-me por comunicação e mapas. O desenho é a forma mais direta de comunicar algo, seja um caminho, um sentimento, uma idéia. A caligrafia é uma forma de desenho, consequentemente pode-se desenhar palavras e dar sentido a elas... Antes me preocupava em desenhar “bem”, hoje me vejo livre desse castigo! Procuro transmitir algo sem ter que usar borracha, assim como evito rascunhos ou o retoque de fotografias. Gosto do irregular, da fragilidade das formas que um desenho pode ter. É um gesto mais espontâneo. Deixar que o traço se transforme na linha como o prolongamento do movimento do corpo. Penso que em minhas jóias esta fragilidade está muito presente, o erro, o torto, o irregular, o inseguro.
Nos mapas o que mais me chama a atençao são as linhas vermelhas traçadas para mostrar- traçar- como se chega de um ponto para o outro. Linha como conexão de pontos.As tatuagens são desenhos/jóias. Assim como os decalques para o corpo...Um é eterno o outro efêmero. Escolhi os fios de cabelos ( no caso são os meus) justamente por causa desta relação eterno/efêmero que eles transmitem. Usar cabelos em jóias remete a vudu, a macumba, a reliquia. Algo que contém informações genéticas sobre as pessoas. Faz parte do corpo. Para além disso tudo é, para mim,antes de mais nada, uma linha. Torta, frágil e irregular. E é aqui que desenho e jóia se encontram.

Dani Soter's work has many times the strong presence of lines. We asked the artist that was born in Brazil but today lives in Lisbon about the line, the passages and how does she see the relationship jewellery/drawing, drawing/jewellery:

I am interested in communication and maps. Drawing is the mos straight way to communicate something,  whether is a passage, a feeling or an idea. Calligraphy is a way of drawing, and so one can draw words and give meanings to them.... Before I was worried if I drew "well" but today I feel free from this punishment! I try to communicate something without using an eraser  as I avoid reworking photographs. I like irregularities, the fragility of forms that a drawing can have. The spontaneity of a gesture. Letting the traces transform themselves into lines, as prolongations of body's movements.  I believe my jewellery is about the fragile, the mistakes, the irregular, the unsure.
In maps, what interests me the most are the red lines traced to show how one arrives from one point to another one.The line as a connection. The tattoos are  drawings/jewelleries. I chose to work with hair (mine) because of this relation eternal/ephemeral. Using hair in jewellery reminds us of vudu, macumba, relics. Also they carry genetic information about people. It belongs to the body.  And they are above all  lines,  fragile and irregular. That's when jewellery and drawing meet.

postado por Mirla Fernandes








11.12.09

Entrevista com Tissa Berwanger

Continuando a entrevista com Tissa Berwanger , perguntei sobre a sua opção de ir para a Alemanha e de como funciona o curso que esta fazendo:

" Em 2008 vim conhecer e me candidatar para escolas de ourivesaria e fazer um estágio na empresa Heavy Metal em Colônia, onde morei por 2 meses. Lá eles me apresentaram a escola Zeichenakademie Hanau, uma escola técnica profissionalizante, que forma profissionais em ourivesaria, entre outras profissões relacionadas ao trabalho com o metal.
Eu me candidatei para essa escola, assim como para as escolas de Pforzheim e Schwäbisch Gmünd.  Decidi-me por fim pela escola de Hanau, por ser a mais contemporânea e por ser a escola de maior proximidade de uma grande metrópole como Frankfurt. As escolas técnicas na Alemanha são direcionadas para o cidadão, são raros os estrangeiros, até porque o curso é muito puxado e exige-se certo domínio da língua, pois temos aulas teóricas de química, história da arte, economia,política, matemática e pedras preciosas.  As aulas são diárias, 7hs por dia de aula pratica 3x na semana e 6hs de aula teórica 2 x na semana . O curso é de 3 anos e meio. Estou estudando há um ano e meio, pois consegui através das provas passar direto para o segundo ano e me formo em janeiro de 2011."

Sobre porque escolheu estudar numa escola técnica:
"Eu fiz o curso de técnicas básicas do Senai, modulo 1, que foi para mim uma introdução à ourivesaria, mas que apesar de ser um ótimo curso e a melhor oferta de curso de ourivesaria do estado, ele não corresponde ao primeiro ano de estudos numa Goldschmiedeschule. Como eu já tenho diploma em design, não busquei uma universidade ou especialização que focasse na indústria ou na metodologia de desenvolvimento de projeto, repetindo o que eu já havia estudado.
A Zeichenakademie é uma escola especifica de joalheria. Ela não foca na indústria, porque tem o ourives como o produtor e criador da jóia, não é uma escola de design de jóias. Existe uma diferença bem grande em Design de jóias e Gestaltung de jóias. Design de jóias é focado na indústria e a Gestaltung é focada na configuração da jóia, na joalheria de autor."

Continuing the interview with Tissa Berwanger , I ask her about her option of going to Germany and how does  work the course she is taking:

" In 2008 I came to apply for goldsmiths schools and also to do a internship in Heavy Metal in Köln, where I lived for 2 months. They introduced me to the Zeichenakademie Hanau, a technical school, that graduates goldsmiths and other professions related to metal work. I applied for this school as for Pfozheim's and Schwäbisch Gmünd's schools. I decided for  Hanau because it was the most contemporary and also because it was near a bigger city, Frankfurt. The technical schools in Germany are for the citizens. The foreigners are rare, also because it is a tough course that demands great knowledge in the language and has theoretical classes such as chemistry, history of art, economy , politics, mathematics and precious stones. They classes are daily: 3 days of practical, 2 days of theoretical.. The course lasts 3 years and a half.  I'll graduate in January 2011.



About why she decided for a technical school:
"I studied basic technics at SENAI what for me was an introduction to goldsmithery. But despite it was a good course and the best there was in Rio, it is not equivalent to the first year of a Goldschmiedeschule. AS I have a design graduation, I did not looked for an University or any specialization focused in industry or project development. That would be a repetition of what i have studied.
The Zeichenakademie is a specific jewellery school. It is not focused in industry but in the goldsmith as the jewellery creator, it is not a design school. There is a huge difference between Jewellery Design and Jewellery "Gestaltung". Design is focused in the industry , while "Gestaltung" in the configuration of the jewellery, more author jewellery."



postado por Mirla Fernandes

10.12.09

Tissa Berwanger premiada na Alemanha

Dentro do tema desenho/jóia, jóia/desenho, encontramos o projeto premiado Flexibili de Tissa Berwanger. Há anos atrás Tissa esteve em meu atelier, conversamos sobre joalheria e agora é muito bom saber de sua persistência e premiação.
Tissa Berwanger estudou design de produto (PUC-RJ) e ourivesaria básica no SENAI (RJ), e resolveu completar seus estudos em ourivesaria na Alemanha, onde recentemente foi premiada com o primeiro lugar no concurso IN & OUT promovido pela  Rotary Stiftung Zeichenakademie Hanau. Trata-se de  uma fundação que tem como primeiro objetivo incentivar a comercialização e dar um selo de qualidade a trabalhos selecionados de alunos e ex-alunos (com até três anos de formados), apresentando-os às galerias de vendas de jóias na Alemanha.

Com relação às peças premiadas, Berwanger me escreveu:
"O Projeto Flexibili foi desenvolvido a partir do tema do concurso “IN & OUT". Ele é uma investigação experimental de estruturas moldáveis e elásticas que podem ser manuseadas pelo usuário gerando possibilidades de diferentes formas a serem transformadas em uma nova jóia. O sistema de fecho e encaixe dos broches e do pendente se adapta a qualquer nova forma criada. Os materiais são:  Canudo, borracha, prata 925 e prata 925 banhada a ouro. Apesar de eu ter  formação em design, eu sigo uma linha de desenvolvimento em que a experimentação entra bem no começo do processo de criação. Eu não desenho primeiro uma peça e produzo. Eu faço sim muitos esboços livres das minhas idéias e entro na experimentação sem ter o comprometimento com material que vai ser aplicado na peca final."

Also in the theme  drawing/jewellery, jewellery/drawing we found the awarded project Flexibili from Tissa Berwanger. Years ago, Tissa has been in my atelier and we talked about jewellery. Now is nice to know about her persistency and her award.

Tissa Berwanger studied product design (PUC-RJ) and goldsmith (basics) at SENAI (RJ), she decided to complete her goldsmithing studies in Germany where she recently won the IN & OUT contest promoted by the  Rotary Stiftung Zeichenakademie Hanau. This is a foundation that want to encourage the marketing and give a quality label to selected works from students and ex-students and introduce them to the jewellery galeries in Germany.

Regarding her award pieces, Berwanger wrote me:
" Flexibili Project was developed from the theme of  “IN &OUT" contest. It is a experimental investigation of bending and elastic structures that can be changed by the user, giving diferent possibilities and forms to be transformed into a new jewellery. Its closing sistem and the brooche and pendant sets adapts to any new form.
Materials ares :  straw, rubber, silver 925 and gold plated silver.
Despite that I had a design graduation, I have a way of developing my pieces where experimentation already happens at the begining of the creation process. I do not draw a piece and produce it.  I make many sketches of my ideas and then start experimenting without any commitment to the materials that are going to be used at the end of the final piece."





A conversa continua amanhã...
More tomorrow...

postado por Mirla Fernandes

8.12.09

Aglaíze Damasceno: Desenhos / Drawings 8

Continuando com Aglaíze Damasceno, sobre seus desenhos:
"O assunto gira sempre  em torno de questões híbridas. Os desenhos acabam tendo desdobramentos, quer seja trabalhando a junção das formas criadas ou explorando a interferência de uma na outra...
De certa maneira a repetição dos desenhos é que traz outros sentidos ao que já existe. Meus trabalhos na joalheria tem ligação direta com os meus desenhos, as peças que crio são desdobramentos de minhas criações visuais. Personagens e formas saem do papel e ganham o corpo...
Minhas joias são criadas para instigar o olho do espectador... além do adorno... busco usar o corpo suporte para minha expressào visual."


Continuing with   Aglaíze Damasceno, about her repetitive forms in drawings:

"The subject turns around hibrid questions. The drawings have forms that are put together creating other forms, exploring the interference of one in another. Somehow the repetition brings meaning to what already exists. My jewellery works have a straight connection to my drawings, they unfold my visual creations. Characters and forms come out of the paper and create a body....My jewellery is created to instigate the eye of the observer...beyond adornment...I use the body as a basis to my visual expression."




postado por Mirla Fernandes

7.12.09

Aglaíze DamascenoL Desenhos /Jóia - Drawing/Jewellery

Continuando o tema desenho/joia, joia/desenho. Onde começa um e se transforma no outro. Onde cada um é uma midia diferente com seus atributos próprios...
Neste post, Aglaíze Damasceno explica como é seu processo de trabalho. Aglaíze, acreana de Cruzeiro do Sul, é artista visual, joalheira e Mestre am artes visuais (Escola de Belas Artes-UFRJ). É Professora de desenho e de projeto nos cursos Design de Moda e Design de Joias Universidade Veiga de Almeida. Vive e trabalha no Rio de Janeiro e participou do primeiro workshop promovido pelo NOVAJOIA com Ela Bauer.


"Meu trabalho sempre partiu do desenho... o desenho livre  e intuitivo sempre me interessou.
O desenho é em minha vida é constante... desenho todos os dias, tanto usando o suporte do papel quanto  explorando outros suportes como o plástico por exemplo. O desenho para mim é fundamental no desenvolvimento de minhas idéias e nos desdobramentos delas, não apenas como projeto mas sobretudo como possibilidades. Em meus trabalhos visuais conto sempre histórias... fábulas que envolvem quase sempre os sentimentos humanos, o que acaba resultando sempre em séries de desenhos e pinturas... dípticos, trípticos ou polípticos."


We keep on posting on the theme drawing/jewellery jewellery/drawing.  Where does one begin and transforms itself into the other. Where each one is a different media with its peculiar characteristics.
In this post,  Aglaíze Damasceno explains how is her working process. Aglaíze, born in Cruzeiro do Sul, Acre is a visual artist, jeweler and has a master in Visual Arts (Escola de Belas Artes-UFRJ). She teaches drawing and project design in Universidade Veiga de Almeida. She lives and works in Rio de Janeiro and has  participated in the first workshop with Ela Bauer.


"My work starts with drawings...intuitive and free drawing has always interested me.
Drawing is a constant thing in my life...I draw everyday, using paper or other materials such as plastic. Drawing is for me fundamental to develop my ideas and its unfoldings, which are not only  project but possibilities. In my works I am always telling stories...tales that deal with human feelings, which result in series of drawings and paintings, diptics, triptics or poliptics."
 


postado por Mirla Fernandes 

5.12.09

Bettina Terepins Jewellery/ Drawings 5




Linhas e mais linhas de Bettina Terepins, joalheira brasileira com percurso de mais de 20 anos, peça chave no estabelecimento da primeira fase do Projeto Nova Jóia.

Lines and more lines of , Bettina Terepins, brazilian jeweller with a 20 years career, key figure in the stablishement of Projeto Nova Jóia first phase.










3.12.09

Marta Miguel Martínez-Soria: Desenhos/Drawings:

postado por Mirla Fernandes

Eu perguntei à  Marta Miguel Martínez-Soria sobre seus desenhos, as repetições que haviam neles (as formas) e sobre a ligação entre elas e a joalheria.
"...Eu estou em um processo de mudança. Eu comecei a desenhar novamente (anos atrás eu pintava e fazia gravuras e essas técnicas me ensinaram o amor pelo detalhe, assim como a geologia e o mundo microscópico)
...Quando faço as repetições eu me sinto calma, palavras passam pela minha mente e o tempo passa lentamente. Essa sensação é a mesma de quando eu manipulo um material. Mas talvez essa conecção se relacione com o processo de meditação.
...Algumas vezes quando desenho, posso ver uma história em 3D sobre o detalhe, mas eu ainda não achei nenhuma coneção com minhas criações em joalheria. Alguem me disse que esses desenhos são contos sobre as minhas peças. Eu gostaria de unir meus sentimentos e mente.
Desenhos são mais uma vez, passos para abrir minha mente e coração."

Marta Miguel Martínez-Soria é formada em Geologia, estudou joalheria na Escola Massana (Barcelona). Deu aulas na ELISAVA Design School e no momento vive em Bruxelas.


I asked Marta Miguel Martínez-Soria about her drawings, and if there is already a connection with her jewellery in them and she answered me:

"...I am on a process of change. I have started to draw again,( years ago I was painting and etching, and this technics bring me love for the details , like geology and microscopic world).
..When I begin to do repetitions I feel calm, words pass away on my mind, and the time flows very slowly.  This sensation is the same when I am manipulating one material. But maybe this connection is related to the process of meditation."
...Sometimes when I draw I can see a story in 3D about the detail, but I don´t find any connection yet with my jewelry creations.  Someone told me that my drawings are the tales about the pieces.
I would like to join my feelings and my mind in one.
Drawings are one more time steps to open my mind and heart."

Marta Miguel Martínez-Soria is bachelor in Geology and has studied contemporary jewellery at Massana School (Barcelona). She has been teaching at ELISAVA design school and now she lives in Brussels.