30.7.10

Inscrições Abertas: JVE

 The Jan van Eyck Academie é um instituto de pesquisa e produção onde artistas,designer e teóricos podem trabalhar e estabelecer trocas interdisciplinares.

O instituto ainda tem vagas para o proximo ano letivo que começam em Janeiro de 2011.
A data limite para enviar sua inscrição é 1º de Outubro. Leia mais no site do instituto.


The Jan van Eyck Academie is an institute for research and production where artists, designers and theoreticians work alongside each other and establish cross-disciplinary exchange.

The Jan van Eyck Academie has positions available in the Fine Art and Design Departments for the next academic year, starting on 1 January 2011.
Application deadline
1 October 2010

23.7.10

Dreaming Jewelry

"Such is the work of these magic-wielding geniuses, as shown to us in this book, a fraction of their best work.
Here erected is a universe of emotions where different artists from around the world show us their particular and sensual vision of jewelry today.
Dreaming Jewelry is a meticulous selection of contemporary jewelry that sprouts from the idea of putting temptation within reach!
Singular stories behind each piece."



Já está a venda na Livraria Cultura o mais novo lançamento em Art Jewelry,  anunciado hoje no site klimt02.
O livro é uma publicação da editora Monsa de Barcelona e conta com trabalhos de:

Susanne Klemm, Ruudt Peters, Karin Seufert, Marlene Beyer, Simon Cottrell, Yoko Izawa, Oscar Abba, Mirla Fernandes (NOVAJOIA), Fabrizio Tridenti, Elinor de Spoelberch, Jiro kamata, Hanna Hedman, Karl Fritsch, Carrie Garrott, Martina Pont, Estela Saez Vilanova, Evert Nijland, Ramon Puig Guyas, Liana Pattihis, Ted Noten, Katja Prins, Tiffany Parbs, Masumi Kataoka, Gemma Draper, Marc Monzo, Marina Massone, Liisa Hashimoto, Kajsa Lindberg, Sam Tho Duong, Arnaud Sprimont, Constanze Schreiber, Peter Hoogeboom, Anthony Roussel, Iris Bodemer, Mari Ishikawa, Sari Liimatta, Nikolay Sardamov, Lisa Walker, Jiri Sibor, David Bielander, Ela Bauer, Shunichiro Nakasima, Javier Moreno Frias, Ursula Guttmann, Sebastian Buescher, Arata Fuchi, Nora Rochel, Alidra Alic, Helen Britton. 

19.7.10

Workshop na faculdade Belas Artes

WORKSHOP Saturdays of August:

Did you know that for  ARISTÓTELES : "If in color the beauty results from the impact of a material, in the drawing it always refers to the order of a project, it estimates the anticipation of the spirit that creates abstractly and represents mentally the form one wants to make"?
And Matisse thought that when you know an object deeply, you may delineate with an external line that will define it completely."
And you, what do you think about drawings? Can they be three-dimensional?

Do you want to talk about drawing and think of its relations with jewels? In August, if you are coming to São Paulo , enjoy this workshop, part of the free courses in Belas Artes College, São Paulo

Voce sabia que para ARISTÓTELES : "Ao contrario da cor, cuja beleza resulta de um impacto simplesmente material, o desenho remete sempre à ordem de um projeto; pressupõe uma antecipação do espírito que concebe abstratamente e representa mentalmente a forma que quer realizar"?

E Matisse, pensava que "quando se conhece um objeto profundamente, é possível delineá-lo com um traço externo que o definirá por completo."

E voce, o que pensa do desenho? Ele pode ser tridimensional?
Quer conversar sobre o desenho  e pensar em suas relações com a arte-jóia? Nunca fez jóia? Isso é coisa de perua? Voce pode mudar de idéia....

Agora em AGOSTO , venha fazer o workshop (4 encontros aos sabados, a partir do dia 7) e pensar esse tema dentro do programa de cursos livres da Faculdade Belas Artes..
Clique e inscreva-se on-line.





broche de Doris Betz




 postado por Mirla Fernandes

16.7.10

Think Twice, NY

Confirmada a Exposição Think Twice, MAD/NY em Outubro de 2010. Entre os artistas selecionados pela curadora Valeria Vallarta, os brasileiros:
Nilton Cunha
Ana Paula de Campos
Thelma Aviani
Kika Alvarenga
Lucia Abdenur
Célio Braga
Stella Bierrenbach
Dani Soter
Dionea Rocha Watt
Claudia Cucchi
e Mirla Fernandes.

Confira o link


postado por Mirla Fernandes

12.7.10

Livro sobre o Simposio Gray Area

Para quem não pôde participar do Simpósio Gray Area em abril passado na Cidade do México, uma boa notícia.  Está sendo feita a pré-venda de um livro sobre o Simpósio com os textos dos palestrantes.

A edição é de apenas 500 exemplares dos quais 300 já foram vendidos, portanto é conveniente agilizar a reserva: o livro sai apenas em Novembro. O valor é de 25 euros + 10 euros de envio aproximadamente.

Para fazer essa reserva entre em contato com o Kristian Lutzenkirchen pelo email:
grayareasymposium@gmail.com

9.7.10

Siga a linha vermelha

 This text was originally posted in English at Walking the Gray Area Blog

Lygia Clark, Mascara com Espelhos, 1967
 
Continuando meu post anterior, eu gostaria de dar um salto de alguns anos até o começo da década de 60, com o aparecimento de uma figura chave na arte brasileira, Lygia Clark. Como escreve a crítica de arte Suely Rolnik no ensaior “The Body’s Contagious Memory”, seus trabalhos experimentais são "geralmente entendidos como experiências multisensoriais cuja importância recai na superação da redução da pesquisa artística ao campo do olhar."

Lygia Clark,  Dialogo de Mãos, 1966
Em1969, Lygia Clark escreveu: “No momento que o artista digere o objeto, ele é digerido pela sociedade que já o definiu com um título e uma função burocrática: ele será o futuro engenheiro do lazer, uma atividade que não tem nenhum efeito no equilibrio das estruturas sociais"

Eu começo citando Clark pois em relação a Art Jewellery, sempre corremos o risco de cair na "virtuosidade glamurosa para preencher um discurso vazio, um pastiche completamente esvaziado de crítica, que pode ser facilmente digerido pelo mercado e serve perfeitamente  às demandas pela estetização" como explica Rolnik.


Dani Soter,Estou/Não estou (I am/I am not)

Dito isso, eu gostaria de mencionar o trabalho da artista brasileira que não cai absolutamente nesta armadilha contemporânea,  Dani Soter.  Assim como Clark, Dani Soter viveu em Paris onde se graduou em Linguas e Civilizações (Sorbonne). Foi uma crise pessoal que a levou às práticas artísticas. Hoje,  Soter está de volta a Paris após ter vivido em Lisboa onde estudou joalheria na Ar.Co.


Dani Soter,Trecho (Interval) from the series Do começo ao fim

Sua primeira mídia de experimentação foi a fotografia. Elas em geral se referem ao vazio, um sentido de ausência, seja no corpo ou de um tempo que passou. Seus trabalhos são de alguma forma como uma tradução para o meio plástico do universo de Clarice Lispector.


Dani Soter, Broche da sorte 
Assim como nos textos de Lispector, sentimos nas peças de Soter uma atmosfera de silêncio, de um parar do tempo para sentir a beleza do ordinário. 
Dani Soter, Constelação de Alexis

É de suas fotografias que primeiro emergem as linhas vermelhas. Como ela mesma diz:" Estou interessada em comunicação e mapas. Desenhar é a maneira mais direta de comunicar algo, seja uma passagem, um sentimento ou uma ideias. Nos mapas o que mais me interessasão as linhas vermelhas traçadas para mostrar como se chega de um ponto a outro. A linha funciona como uma conecção"

 
Dani Soter, Follow me
Como uma Ariadne contemporânea, Soter e suas linhas vermelhas conectam pontos de vazio marcando territórios. A conecção que existe em seu pensamento artístico a permite passear por diversas mídias, sugerindo uma na outra: “Eu evito retrabalhar as fotografias. Eu gosto de irregularidades, da fragilidade das formas que um desenho pode ter, a espontaneidade do gesto. Deixando os traços se transformarem em linhas que são como prolongamentos dos movimentos do corpo. As "tattoos" são desenho-jóias”.
 
Dani Soter, À Mostra

As linhas desenhadas tornam-se ainda mais irregulares quando ela decide usar seu próprio cabelo para evocar o eterno e ao mesmo tempo se referir ao efêmero. Para ela é quando a jóia e o desenho se encontram. Sendo as linhas derradeiras do corpo, os cabelos refletem a fragilidade.


Dani Soter,  Impulso

Seja em papel ou em algum meio tridimensional, seus trabalhos geralmente envolvem uma certa possibilidade de interação e vão alem de categorizações. É inútil tentar classifica-los como fotografia (que fala do desenho) ou objeto (que fala da jóia) ou jóia (que é um objeto). Definições simplistas não se aplicam aqui. O melhor de tudo é que ela em seus trabalhos nos deixa ser livre para completarmos os sentidos.

 
Dani Soter, Germinal

Dani Soter participou do projeto Walking the Gray Area blog e fará parte da exposição itinerante  Think Again que abre sua primeira edição agora em Outubro no MAD Museum, New York.

postado por Mirla Fernandes