Sobre como começou a se interessar sobre joalheria:
A joalheria apareceu meio por acidente; na época trabalhava com figurino em cinema e publicidade, comecei a fazer um curso no atelier do Nélsom Alvim, onde cheguei a fazer alguns meses de estagio; E fiz também alguns cursos com a Cristina Cunali que me falou do curso de joalheria do Ar.Co, em Lisboa. Fui pra la, fiquei um ano e depois fui parar em Amsterdam onde entrei no departamento de joalheria da Rietveld Academie. Foram quatro anos no minimo intensos... eu acho que a Rietveld é uma das escolas que mais incita uma exploração experimental da jolheria. A idéia é que os alunos, através desse aprendizado onde a técnica vem servir um conceito, que sempre é posto em primeiro plano, vão construindo um vocabulário e uma visão pessoal da joalheria.
Perguntei se sentia alguma dificuldade ou diferença pelo fato de ser brasileira:
Os "clashes" com os professores e os dramas existenciais são recorrentes; é muita duvida, e eu particularmente, passei o primeiro ano boiando...o fato de ser brasileira não influenciava em muita coisa, mas claro que sempre há um certo clichê no imaginário das pessoas, tipo, as cores, a musica, a natureza... por isso sempre tinha na minha bancada uma foto do centro de são paulo pra que meus professores vissem que vinha de uma megalópole do tamanho da Holanda!
Mas apesar dos pesares, foi um período muito rico, cheio de experiências trabalhos, workshops, e sobretudo encontros com pessoas super interessantes.
Sobre o que tem feito:
Depois da formatura, vim para Paris, mas sempre mantive minha ligação com Amsterdam. Por alguns anos, com um grupo de ex-alunos da Rietveld, formamos um coletivo chamado "Solo" e organizamos exposições na Holanda, Alemanha e Suissa; Mas com membros do grupo espalhados em 5 países diferentes, foi ficando complicado gerenciar a logistica dos eventos, e resolvemos parar. Hoje em dia, depois de alguns anos de pausa, retomei meu trabalho de joalheria, mas não quero apenas fazer peças que só encontrem um publico no circuito de galerias; quero declinar esse tipo de trabalho em produtos que possam ser comercializados mais facilmente. A idéia é diversificar. E procurar soluções de como mostrar o trabalho.
Stella Bierrenbach, despite the name that does not give many clues, is brazilian. She lives and works in Paris today and she participates at Op Voorraad we talked about yesterday. With an intriguing work , Bierrenbach's pieces expand the body limits and reach an autonomous dimension. She has answered us a few questions:
About how did she get into jewellery:
Jewelley came up by accident: at the time I was working with movies and publicity, and I started doing a course at Nélsom Alvim's studio, where I stood some months as an internship. I also made courses at Cristina Cunali's studio. She metioned the course at Ar.Co, Lisbon. I studied at Ar.Co for a year and then I went to Amsterdam to study at Rietveld Academie. It was very intense four years...to say the least. I think Rietveld is one of the schools that stimulates more the experimental exploration in jewellery. The idea is that students , through its learning (where technique serves a concept, which is always in the first place) build a vocabulary and personal view of jewellery.
I asked her if she felt any difficulty or difference for the fact that she was brazilian:
The clashes with teacher and existential dramas were common. There is a lot of doubts, and I personally, spent the first year lost. The fact of being brazilian did not count, but of course there is a certain cliche in people's imaginary, Sort of kinds of colors, music, nature...that's why I always kept a photo of São Paulo downtown in my bench for my teacher to see that I came from a megalopolis that had the size of the Netherlands.
Despite all, it was a very rich period, full of experiences, workshop e above all, meeting with very interesting people.
About what she has been doing:
After graduation, I came to Paris, but I always kept my connection to Amsterdam. For some years a group of Rietveld's ex-students formed a group called "Solo" and we organized shows in the Netherlands, Germany and Switzerland. But as the members were spread in 5 different countries, it was too hard to manage all the events and the group stopped existing. Today , after some years of pause, I restartted my work, not only focused in galleries, but also to do more commercial pieces. The idea is to diversify and look for other ways of showing my work.
Este trabalho e muito delicado e bonito.
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