Conforme avisa a AJESP:
"Ao longo dos últimos milhares de anos, as joias em ouro e outros metais, conjugados ou não com gemas, constituíram uma das mais extraordinárias criações do Homem, numa manifestação muito mais ampla do que a mera preciosidade dos materiais.
Da Mesopotâmia ao Egipto, dos Gregos e Citas aos Romanos, da Idade Média ao século XX, passando pela exuberância do Renascimento e do século XVIII, e das expressões do Romantismo, a joalheria encontra-se associada ao poder econômico e político, mas também à dimensão estética e artística da Humanidade.
Centrado fundamentalmente nas formas e decorações da joalheria do mundo ocidental, este Curso Livre - ministrado pelo renomado professor português Gonçalo Vasconcelos e Sousa - também abordará as joias das civilizações pré-colombianas, das culturas africanas e das diversas civilizações asiáticas, como a chinesa e a indiana. Uma oportunidade cultural imperdível."
Data: de 06 às 10 de junho (de segunda à sexta-feira)
Horário: das 18h30 às 20h
Local: Rua Teixeira da Silva, 433 – Paraíso, São Paulo - SP
Investimento:
- R$ 120,00 para associados AJESP SINDIJOIAS há mais de 3 meses;
- R$ 200,00 para não associados.
Para efetuar sua inscrição, favor entrar em contato com a Sra. Laura, através do email relacionamento@ajesp.com.br ou pelo telefone (11) 3016-5850.
NOVAJOIA started in 2006, coordinated by Mirla Fernandes, it aimed to inform the general audience about Art Jewellery in Brazil and abroad, promoting interchanges through exhibitions, workshops and lectures.
O projeto NOVAJOIA criado em 2006, e coordenado por Mirla Fernandes , visava informar e divulgar a Arte Joalheria no Brasil e fora, além de promover o intercâmbio de ideias através de exposições, cursos e palestras.
24.5.11
21.5.11
Garbage Pin
montagem da exposição na Putti Gallery |
Termina agora em 25 de Maio, mais uma exposição do Garbage Pin Project, desta vez na Putti Gallery, Latvia. O projeto é itinerante. Já esteve em Barcelona, Los Angeles, Antuérpia, Lisboa e Porto.
O projeto é da artista portuguesa Ana Cardim e começou em Janeiro de 2008, convidando 90 artistas a quem foram enviados o Kit Garbage Pin. Com o mesmo, sugeriu-se que utilizassem a jóia durante cinco dias e que selecionassem, criassem ou recriassem os conteúdos colocados dentro de cinco sacos de plástico de acordo com a perspectiva e reflexões geradas pelo projeto: valor x desperdício na sociedade urbana atual.
Em Agosto de 2008 cada artista devolveu a sua proposta concluída reunindo-se, desta maneira, um corpus considerável de "sacos do lixo".
Renunciando a uma linha artística que oferece soluções ou resultados controlados exclusivamente pelo artista, o projeto aceita as intervenções dos artistas convidados. Torna-se assim capaz de acolher a singularidade de cada subjetividade interpretativa dentro da multiplicidade discursiva que se desenvolve em torno a uma mesma problemática. Confere-lhe, no final, um lugar de expressão comum: o objeto estético-performativo.
Os artistas participantes trabalham com Arte-Joalheria, Pintura, Escultura, Desenho, Fotografia, Performance, Instalação, Vídeo, Design, Moda, Cinema, Teatro, Música e Literatura.
A pluralidade de escolha foi proposital para integrar a joalheria junto a outros meios de expressão artística e tirá-la do habitual reduto das artes decorativas.
Como afirma Cardim: "não obstante a jóia ser ela própria um lugar – tal como uma pintura, uma escultura,
ou uma instalação –, ela apresenta a particularidade de habitar um lugar móvel: o corpo. O corpo é o seu lugar de suporte, é o seu lugar de comunicação que, por sua vez, a transporta para distintos lugares. Neste sentido, a jóia pode ser entendida como lugar de dialéctica entre a esfera íntima e a esfera pública já que quem a transporta vem do seu espaço privado expondo-se com a jóia no espaço público. Esta mobilidade confere à jóia um carácter privilegiado de comunicador social que, por um lado, se pode exprimir como símbolo de pertença ou de identificação com um determinado grupo ou classe social e, por outro, pode apresentar-se como dispositivo de expressão gerador de discurso critico na esfera pública."
vernissage na Putti Gallery |
20.5.11
Os recursos poéticos da arte-joalheria
Confira o artigo sobre a tese de Ana Paula de Campos que mostra que a joia pode (e deve) ser dissociada das dimensões do consumo e do status. "Em sua opinião, a arte-joalheria busca produzir um deslocamento no pensamento tradicionalmente inscrito na joia e, sendo assim, torna-se importante vetor de produção de subjetividades. A partir de conceitos extraídos das ideias de Deleuze e Guattari, a pesquisa evidencia o papel da joia enquanto agenciadora de relações do tipo motivo-suporte e a potência da arte-joalheria enquanto máquina de guerra."
Confira o texto integral no link.
trabalho de Ana Paula de Campos |
16.5.11
Maíra das Neves, arte-joalheria, dúvidas
postado por Mirla Fernandes
"E com um endereço, chão e luz, o ateliê já funciona! Quando eu fui limpar o chão pra trocar o piso, notei uma cor azul que insistia em aparecer. Ela brotava dos rejuntes quando eu passava o pano. Quanto mais eu jogava água, mais azul ficava até que percebi que o azul não tem fim. Ele brota do concentrado das áreas carmim, uma meleca dura que tem lá colada no piso. Mais um dos resquícios da fábrica de chocolate. desisti de brigar com o azul vizinho, e resolvi coletá-lo. Com papel pra aquarela, um borrifador de água, eu comecei a recolher o azul."
"Eu gosto de pensar pequeno". A frase é uma ironia poética de Maíra das Neves, artista paulista radicada no Rio de Janeiro, que alugou um ateliê de um metro quadrado numa fabrica de chocolate desativada na área portuária do Rio de Janeiro e tem esse projeto de 'mobiliá-lo' através de um crowdfunding, o Mutirão.
Pego emprestado as dimensões diminutas que o ateliê da Maíra tem para pensar que ali o espaço é precioso. Ali, é melhor usar a regua e não a trena. Muito mais do que em metros quadrados, pode-se pensar em centimetros, . E será o potencial do pequeno também menor? É claro que não: pensar no pequeno é focar, concentrar o potencial poético. É dai que penso na jóia. Falo da jóia como mídia/assunto manifestado como arte contemporânea que está neste momento da história a delinear os novos territórios a serem ocupados.
Estamos neste blog já há quase dois anos a comentar e ressaltar trabalhos que falem do que é precioso, que discutem valores, exploram a relação com o corpo, falam do desejo, e por que não, transitam pelo universo das dimensões reduzidas. Fazem tudo isso usando as técnicas mais convenientes e diversas para que a idéia/conceito se concretize em uma forma plástica, geralmente ligada ao corpo.
A intenção é divulgar para as pessoas, trabalhos que ampliam os limites da joalheria contemporânea, incluindo aqueles que dialogam diretamente com a arte. Quando digo arte, me refiro à arte contemporânea, deste século, ou seja, pós Duchamp (embora este senhor e as implicações que seus trabalhos tiveram pareçam completamente desconhecidas no mundo da joalheria contemporânea nacional, vide o feed-back de comentários que temos recebido ao longo desses anos em palestras, cursos e posts!).
Conversando com Mariana Dupas (outra artista que já utilizou fotografia para falar do precioso e do detalhe, do pequeno) neste fim-de-semana, durante a SP Arte lembramo-nos do trabalho Las Joyas de la Corona do cubano Carlos Garaicoa apresentadas no Bienal de SP no ano passado. Sem qualquer ligação com o mundo da dita Joalheria Contemporânea, porem com técnicas impecáveis da ourivesaria, reduziu o monumental e usou o termo jóia para falar de algo que "tivesse um histórico na relação algo faustosa do ser humano com estes objetos de desejo". (artesquema)
Dentro do percurso do NOVAJOIA fomos percebendo que nos referirmos a esses trabalhos ( que fazemos e divulgamos) com o termo Joalheria Contemporânea se mostrou inadequado, pois o termo engloba todas os tipos de jóias: a industrial, a artesanal, a autoral, etc. Optamos por chamar essa produção como arte-joalheria, assim como é feito também em outros países. Porém fica a dúvida sobre a necessidade dessa distinção, de o quanto ela na realidade coloca um rótulo limitante em trabalhos tão interessantes quanto os de uma artista como Cristina Filipe, que na verdade é apenas arte-contemporânea que trata do assunto da jóia. E do quanto ela nos afasta do olhar atento que o trabalho que tem carga poética exige. Para haver esse olhar, deve haver um lugar adequado a ele, e certamente esse lugar não é a loja de design, a loja do museu ou a boutique fashion.
Pois então, qual o caminho para esse tipo de produção?
Dúvidas a parte, a intenção desse post era contar sobre a iniciativa da Maíra. Divaguei...
Veja abaixo o vídeo que conta melhor essa história. Colabore, espalhe, participe!
1m2 expandido from maíra das neves on Vimeo.
"E com um endereço, chão e luz, o ateliê já funciona! Quando eu fui limpar o chão pra trocar o piso, notei uma cor azul que insistia em aparecer. Ela brotava dos rejuntes quando eu passava o pano. Quanto mais eu jogava água, mais azul ficava até que percebi que o azul não tem fim. Ele brota do concentrado das áreas carmim, uma meleca dura que tem lá colada no piso. Mais um dos resquícios da fábrica de chocolate. desisti de brigar com o azul vizinho, e resolvi coletá-lo. Com papel pra aquarela, um borrifador de água, eu comecei a recolher o azul."
detalhe vídeo do trabalho de Maira das Neves |
"Eu gosto de pensar pequeno". A frase é uma ironia poética de Maíra das Neves, artista paulista radicada no Rio de Janeiro, que alugou um ateliê de um metro quadrado numa fabrica de chocolate desativada na área portuária do Rio de Janeiro e tem esse projeto de 'mobiliá-lo' através de um crowdfunding, o Mutirão.
Pego emprestado as dimensões diminutas que o ateliê da Maíra tem para pensar que ali o espaço é precioso. Ali, é melhor usar a regua e não a trena. Muito mais do que em metros quadrados, pode-se pensar em centimetros, . E será o potencial do pequeno também menor? É claro que não: pensar no pequeno é focar, concentrar o potencial poético. É dai que penso na jóia. Falo da jóia como mídia/assunto manifestado como arte contemporânea que está neste momento da história a delinear os novos territórios a serem ocupados.
Estamos neste blog já há quase dois anos a comentar e ressaltar trabalhos que falem do que é precioso, que discutem valores, exploram a relação com o corpo, falam do desejo, e por que não, transitam pelo universo das dimensões reduzidas. Fazem tudo isso usando as técnicas mais convenientes e diversas para que a idéia/conceito se concretize em uma forma plástica, geralmente ligada ao corpo.
A intenção é divulgar para as pessoas, trabalhos que ampliam os limites da joalheria contemporânea, incluindo aqueles que dialogam diretamente com a arte. Quando digo arte, me refiro à arte contemporânea, deste século, ou seja, pós Duchamp (embora este senhor e as implicações que seus trabalhos tiveram pareçam completamente desconhecidas no mundo da joalheria contemporânea nacional, vide o feed-back de comentários que temos recebido ao longo desses anos em palestras, cursos e posts!).
trabalho de Mariana Dupas apresentado em exposição do Projeto Nova Joia, 2007 |
Conversando com Mariana Dupas (outra artista que já utilizou fotografia para falar do precioso e do detalhe, do pequeno) neste fim-de-semana, durante a SP Arte lembramo-nos do trabalho Las Joyas de la Corona do cubano Carlos Garaicoa apresentadas no Bienal de SP no ano passado. Sem qualquer ligação com o mundo da dita Joalheria Contemporânea, porem com técnicas impecáveis da ourivesaria, reduziu o monumental e usou o termo jóia para falar de algo que "tivesse um histórico na relação algo faustosa do ser humano com estes objetos de desejo". (artesquema)
Carlos Garaicoa |
Dentro do percurso do NOVAJOIA fomos percebendo que nos referirmos a esses trabalhos ( que fazemos e divulgamos) com o termo Joalheria Contemporânea se mostrou inadequado, pois o termo engloba todas os tipos de jóias: a industrial, a artesanal, a autoral, etc. Optamos por chamar essa produção como arte-joalheria, assim como é feito também em outros países. Porém fica a dúvida sobre a necessidade dessa distinção, de o quanto ela na realidade coloca um rótulo limitante em trabalhos tão interessantes quanto os de uma artista como Cristina Filipe, que na verdade é apenas arte-contemporânea que trata do assunto da jóia. E do quanto ela nos afasta do olhar atento que o trabalho que tem carga poética exige. Para haver esse olhar, deve haver um lugar adequado a ele, e certamente esse lugar não é a loja de design, a loja do museu ou a boutique fashion.
Pois então, qual o caminho para esse tipo de produção?
Cristina Filipe. still do video Hero, 2009 |
Dúvidas a parte, a intenção desse post era contar sobre a iniciativa da Maíra. Divaguei...
Veja abaixo o vídeo que conta melhor essa história. Colabore, espalhe, participe!
1m2 expandido from maíra das neves on Vimeo.
10.5.11
Schmucksymposium Zimmerhof
SACRILEGIUM 2.0
Acontece de 23 a 26 de Junho o Simpósio de Joalheria de Zimmerhof com o tema "Sacrilegium 2.0/ buried roots, forbidden fruits and hidden treasures from the fully grown tree"
" O novo sempre carrega consigo um seu sentido de violação, de sacrilégio. O que está morto é sagrado; o que é novo, é diferente, é mal, perigoso ou subversivo"
O simpósio de Zimmerhof é anual e provavelmente o mais antigo de seu tipo. Neste ano promote abarcar trafidições, mas principalmente focar-se na riqueza do presente, comemorando o fato de sua continuidade, pois ano passado não foi possivel realiza-lo. A curadoria do Simpósio ficou a cargo do artista joalheiro de Antuérpia, Peter Vermandere e de Gisbert Stach, de Munique.
Informações:
Yvonne von Racknitz
Schloß Heinsheim
Gundelsheimerstr 36
D-74606 Bad Rappenau
Tel. +49 (07264) 808853
Fax +49 (07264) 808854
info@schmucksymposium.de
3.5.11
O Colar de Pérolas Revisitado: novas datas
Informamos que o workshop 'O colar de pérolas revisitado' teve suas datas alteradas.
Agora o workshop de 4 encontros na FAAP acontecerá em junho:
02/06, 09/06, 16/06 e 30/06 (quintas feiras das 19h00 às 22h00).
Para se inscrever acesse o link ou ligue: 3662-7034
Caso se interesse, mas não pode neste semestre, preencha a ficha de interesse para ser avisado no próximo semestre.
Agora o workshop de 4 encontros na FAAP acontecerá em junho:
02/06, 09/06, 16/06 e 30/06 (quintas feiras das 19h00 às 22h00).
Para se inscrever acesse o link ou ligue: 3662-7034
Caso se interesse, mas não pode neste semestre, preencha a ficha de interesse para ser avisado no próximo semestre.
2.5.11
Inscrições Abertas: O Colar de Pérolas Revisitado
Estão abertas inscrições para o workshop "O Colar de Pérolas Revisitado" na FAAP.
O workshop vai abordar o colar de pérolas dentro da ótica da Arte Joalheria, ou seja, estimulando uma postura crítica e o desenvolvimento da poética do aluno sobre o tema.
A primeira aula terá uma abordagem téorica além de práticas com desenho. Em seguida, os alunos passam ao desenvolvimento de seus trabalhos. O objetivo é concluir uma peça, uma releitura.
As inscrições podem ser feitas por email ou telefone: 3662-7034
Serão 4 encontros às quintas feiras, das 19h00 às 22h00.
MAIS INFOS, clique no link: site do Núcleo de Cultura
O workshop vai abordar o colar de pérolas dentro da ótica da Arte Joalheria, ou seja, estimulando uma postura crítica e o desenvolvimento da poética do aluno sobre o tema.
A primeira aula terá uma abordagem téorica além de práticas com desenho. Em seguida, os alunos passam ao desenvolvimento de seus trabalhos. O objetivo é concluir uma peça, uma releitura.
As inscrições podem ser feitas por email ou telefone: 3662-7034
Serão 4 encontros às quintas feiras, das 19h00 às 22h00.
MAIS INFOS, clique no link: site do Núcleo de Cultura
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