Em Cildo Meireles, artista plástico carioca que iniciou seus trabalhos conceituais na década de 60, além da referida necessidade interior da alma, podemos dizer que o belo existe como fisicalidade, da relação do objeto com o espaço, como por exemplo no trabalho Cruzeiro do Sul, 1969-1970.
Cildo Meireles, 1969-1970, Cruzeiro do Sul > Cubo de madeira, sendo uma seção de pinho e outra de carvalho, 9 x 9 x 9 mm. |
Além da relação do objeto com o espaço, Meireles busca também a relação do objeto com o corpo, nesse sentido a escala do objeto muda completamente quando ele busca o suporte do corpo... no movimento entre espectador e obra.
Em Condensados, o artista busca na joalheria a expressão plástica de seu trabalho, a poética é construída em uma série de anéis realizados na década de 70 em diferentes materiais. Quando ele começou a produzir a série, não tinha uma preocupação política imediata, estava envolvido com questões formais e cerebrais. Um dos trabalhos realizados na época é Condensado II – Mutações geográficas: fronteira Rio/São Paulo, 1970.
Cildo Meireles, 1970. Condensado II – Mutações geográficas: fronteira Rio/São Paulo. Terra, prata, ônix, ametista e safira |
[1] BAUDELAIRE, Charles. Sobre a modernidade. São Paulo : Paz e Terra, p.10, 1997.
[2] KANDINSKY, Wassily. Do espiritual na arte. São Paulo : Martins Fontes, p.127,128, 1996.
postado por Aglaíze Damasceno
Gostei muito Aglaize!
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluirAdorei!
ResponderExcluir