Nesta sexta, dia 26, as 10 horas é a abertura da Exposição NOVA JOIA dentro da 17º Paralela Gift.
Estaremos lá pela manhã, Ela Bauer tambem.
Venha conferir os trabalhos de Bettina Terepins, Dani Soter, Claudia Senna, Elizabeth Franco, Marina Sheetikoff, Miriam Mirna Korolkovas,Mirla Fernandes, Renata Porto e Stella Bierrenbach.
Video com os trabalhos de Ela Bauer e depoimentos das artistas.
SHOPPING IGUATEMI 9º ANDAR
NOVAJOIA started in 2006, coordinated by Mirla Fernandes, it aimed to inform the general audience about Art Jewellery in Brazil and abroad, promoting interchanges through exhibitions, workshops and lectures.
O projeto NOVAJOIA criado em 2006, e coordenado por Mirla Fernandes , visava informar e divulgar a Arte Joalheria no Brasil e fora, além de promover o intercâmbio de ideias através de exposições, cursos e palestras.
23.2.10
Souvenirs: Dionéia Rocha Watt
Continuando a abordar o tema do proximo workshop, mostramos neste post o trabalho da brasileira radicada em Londres, Dionéia Rocha Watt
"Nestes trabalhos examino a relacao entre as joias e a memoria; revejo o papel da 'sentimental jewellery', como as joias de luto, por exemplo. As joias, como expressao material de memorias, de experiencias e emocoes, e de vinculos afetivos, transformam o intangivel em algo tangivel. Assim como os souvenirs, que muitas vezes nao sao importantes em si como objetos, e sim pela maneira em que desencadeiam memorias. Nesse sentido, os souvenirs nao sao na verdade objetos, mas fragmentos, traços de experiencias vividas. A sombra e uma espécie de traço que, apesar de fugaz, sempre tem uma relacao com o real e o presente. O 'Souvenir' de 2007 foi uma tentativa de expressar o traço imaterial da memoria."
Still talking about the theme of our next Creative Spa, we show in this post the work of the brazilian artist living in London, Dionéia Rocha Watt :
"'Souvenir' (2007) was made as part of my investigation of the relationship between jewellery and memory, which included an examination of sentimental jewellery, such as mourning jewellery. Jewellery, as a material expression of memories, experiences and emotions, and of personal relationships, transforms what is intangible into tangible. As does the souvenir, which quite often is not a special object, but which becomes so for its role in triggering memories. In this sense, souvenirs are not really objects, but fragments or traces of of lived experiences. The shadow is a kind of trace that despite being transient, has always a relationship to the real and the present. 'Souvenir' was an attempt to express the inmaterial trace of memory."
Souvenir I, 2009, gold, soap
Souvenir, 2006-7, gold, old jewellery box, shadow
"Nestes trabalhos examino a relacao entre as joias e a memoria; revejo o papel da 'sentimental jewellery', como as joias de luto, por exemplo. As joias, como expressao material de memorias, de experiencias e emocoes, e de vinculos afetivos, transformam o intangivel em algo tangivel. Assim como os souvenirs, que muitas vezes nao sao importantes em si como objetos, e sim pela maneira em que desencadeiam memorias. Nesse sentido, os souvenirs nao sao na verdade objetos, mas fragmentos, traços de experiencias vividas. A sombra e uma espécie de traço que, apesar de fugaz, sempre tem uma relacao com o real e o presente. O 'Souvenir' de 2007 foi uma tentativa de expressar o traço imaterial da memoria."
Still talking about the theme of our next Creative Spa, we show in this post the work of the brazilian artist living in London, Dionéia Rocha Watt :
"'Souvenir' (2007) was made as part of my investigation of the relationship between jewellery and memory, which included an examination of sentimental jewellery, such as mourning jewellery. Jewellery, as a material expression of memories, experiences and emotions, and of personal relationships, transforms what is intangible into tangible. As does the souvenir, which quite often is not a special object, but which becomes so for its role in triggering memories. In this sense, souvenirs are not really objects, but fragments or traces of of lived experiences. The shadow is a kind of trace that despite being transient, has always a relationship to the real and the present. 'Souvenir' was an attempt to express the inmaterial trace of memory."
18.2.10
Murillo: Souvenirs e Arte/ Art and Souvenirs
Aproveitando que o tema do workshop de Ela Bauer em março vai discutir as possiveis relações entre Souvenirs e Jóia, e expandindo o conceito, perguntamos a Benair Alcaraz , doutora em História, sobre alguma possível relação Souvenir/Arte.
Veja o que ela nos respondeu:
"O hábito de se ter souvenirs de lugares visitados ou em que se viveu remonta há séculos na História do Homem e da Arte.
Esse costume se expandiu muito com as grandes viagens de navegação e a descoberta de um Novo Mundo pelos europeus no século XV. Os aventureiros e navegantes levaram das terras descobertas curiosidades, peças exóticas, exemplares da flora e fauna nativas que encantaram os europeus, criando entre os mecenas os conhecidos “gabinetes de curiosidades”. Mas o reverso da história também é verdadeiro. Marinheiros, aventureiros, comerciantes, funcionários dos governos colonizadores quando partiam da Europa levavam consigo souvenirs, preservando a memória das terras de origem.
Nesse leva e traz da memória as obras de arte exerceram um papel importante. Com a grande circulação da arte que acompanha a abertura da Europa para um Novo Mundo, mercadores de arte se instalavam nos portos de embarque para às Índias negociando trabalho de artistas, proporcionando-lhes um ganho extra enquanto não se firmavam nos seus próprios territórios e cortes patrocinadoras.
Vários artistas se serviram desse expediente, mas os pintores da Escola Sevilhana de Pintura tiveram destaque. Sevilha porto fluvial, além de ser uma cidade rica e centro comercial foi a Terra Natal de importantes representantes da Pintura Espanhola. Entre os mais prestigiados se encontram: Zurbarán. Valdes Leal, Herrera, Velásquez, Murillo. Este último, nascido em Sevilha em 1617 foi muito popular em toda Europa durante o século XVII. Suas obras circularam intensamente até o século XIX a ponto do rei Carlos IV determinar à alfândega a proibição da saída da Espanha das pinturas de Murillo.
Murillo dono de uma técnica leve e vaporosa tratava com suavidade temas religiosos e da vida cotidiana. Trabalhando em Sevilha, sem ter possibilidade de ir para Corte e tendo como concorrente, simplesmente o grande mestre Velásquez, o pintor passou por momentos de problemas financeiros. Para resolver situações difíceis lança mão da execução em obras de pequeno tamanho, em materiais mais pobres – versões diminutas de suas próprias pinturas, enviando-as às feiras de Sevilha e Cádiz. Eram aquarelas, desenhos ou mesmo pintura em tecido de tapeçaria (sorgas). Essas pequenas pinturas agradavam aos comerciantes e viajantes que as compravam por preço módico levando-as como “recuerdos” . Os viajantes davam preferência às pinturas leves e facilmente compreensíveis de Murillo o que, em parte, pode explicar o grande número de obras desse artista encontrado na América em coleções particulares e museus."
"The tradition of having souvenirs from visited or lived places dates from centuries in the history of men and Art. It expanded a lot with the great navigations and the discovery of the New World by europeans during the XV century. The adventurers took from the visited lands exotic pieces, flora and fauna species, that enchanted europeans creating the "wonder chambers" of many mecenas.But the opposite has also happened. Sailors and merchants, government employees when leaving Europe took with them souvenirs, preserving a memory of the distant origin land.
Art works had an important role in this coming and going of memory. With the great circulation of Art that happened during the opening to the New World, art merchants placed themselves in harbors to India, selling works and giving emerging artists some money before they have established themselves as court artists.
Many artists have done this, particularly the ones from the painting school of Seville, a rich city with a harbor.
There one finds: Zurbarán. Valdes Leal, Herrera, Velásquez, Murillo. This last one, born in Seville in 1617, was very well known in all Europe during the XVII century. His works have circulated so intensely that king Charles IV ordered finally, in the XIX century, that they were forbidden to leave Spain .
Murillo treated with a light technique themes such as religion and everyday life. Working in Seville, and having the competition of the great master Velásquez, the court painter at the time, he had to face tremendous financier problems. So he decided to do small works, with less noble materials, small versions of his own painting that he sent to Sevilla and Cadiz fairs. It were watercolours, drawings and even paintings over fabric. They pleased a lot the merchants and travelers as “recuerdos” . His works were easily pleasant, what explain the great number of his works that are found until today in private collections and museums in the whole America."
Veja o que ela nos respondeu:
"O hábito de se ter souvenirs de lugares visitados ou em que se viveu remonta há séculos na História do Homem e da Arte.
Esse costume se expandiu muito com as grandes viagens de navegação e a descoberta de um Novo Mundo pelos europeus no século XV. Os aventureiros e navegantes levaram das terras descobertas curiosidades, peças exóticas, exemplares da flora e fauna nativas que encantaram os europeus, criando entre os mecenas os conhecidos “gabinetes de curiosidades”. Mas o reverso da história também é verdadeiro. Marinheiros, aventureiros, comerciantes, funcionários dos governos colonizadores quando partiam da Europa levavam consigo souvenirs, preservando a memória das terras de origem.
Nesse leva e traz da memória as obras de arte exerceram um papel importante. Com a grande circulação da arte que acompanha a abertura da Europa para um Novo Mundo, mercadores de arte se instalavam nos portos de embarque para às Índias negociando trabalho de artistas, proporcionando-lhes um ganho extra enquanto não se firmavam nos seus próprios territórios e cortes patrocinadoras.
Vários artistas se serviram desse expediente, mas os pintores da Escola Sevilhana de Pintura tiveram destaque. Sevilha porto fluvial, além de ser uma cidade rica e centro comercial foi a Terra Natal de importantes representantes da Pintura Espanhola. Entre os mais prestigiados se encontram: Zurbarán. Valdes Leal, Herrera, Velásquez, Murillo. Este último, nascido em Sevilha em 1617 foi muito popular em toda Europa durante o século XVII. Suas obras circularam intensamente até o século XIX a ponto do rei Carlos IV determinar à alfândega a proibição da saída da Espanha das pinturas de Murillo.
Murillo dono de uma técnica leve e vaporosa tratava com suavidade temas religiosos e da vida cotidiana. Trabalhando em Sevilha, sem ter possibilidade de ir para Corte e tendo como concorrente, simplesmente o grande mestre Velásquez, o pintor passou por momentos de problemas financeiros. Para resolver situações difíceis lança mão da execução em obras de pequeno tamanho, em materiais mais pobres – versões diminutas de suas próprias pinturas, enviando-as às feiras de Sevilha e Cádiz. Eram aquarelas, desenhos ou mesmo pintura em tecido de tapeçaria (sorgas). Essas pequenas pinturas agradavam aos comerciantes e viajantes que as compravam por preço módico levando-as como “recuerdos” . Os viajantes davam preferência às pinturas leves e facilmente compreensíveis de Murillo o que, em parte, pode explicar o grande número de obras desse artista encontrado na América em coleções particulares e museus."
Once that the Ela Beuer's workshop theme in March is going to discuss the possible relations between Souvenirs and Jewelry, and expanding its concept, we've asked to Benair Alcaraz , phd in History, about some possible relation between Souvenir/Art.
Check out what she has answered us:
"The tradition of having souvenirs from visited or lived places dates from centuries in the history of men and Art. It expanded a lot with the great navigations and the discovery of the New World by europeans during the XV century. The adventurers took from the visited lands exotic pieces, flora and fauna species, that enchanted europeans creating the "wonder chambers" of many mecenas.
Art works had an important role in this coming and going of memory. With the great circulation of Art that happened during the opening to the New World, art merchants placed themselves in harbors to India, selling works and giving emerging artists some money before they have established themselves as court artists.
Many artists have done this, particularly the ones from the painting school of Seville, a rich city with a harbor.
There one finds: Zurbarán. Valdes Leal, Herrera, Velásquez, Murillo. This last one, born in Seville in 1617, was very well known in all Europe during the XVII century. His works have circulated so intensely that king Charles IV ordered finally, in the XIX century, that they were forbidden to leave Spain .
Murillo treated with a light technique themes such as religion and everyday life. Working in Seville, and having the competition of the great master Velásquez, the court painter at the time, he had to face tremendous financier problems. So he decided to do small works, with less noble materials, small versions of his own painting that he sent to Sevilla and Cadiz fairs. It were watercolours, drawings and even paintings over fabric. They pleased a lot the merchants and travelers as “recuerdos” . His works were easily pleasant, what explain the great number of his works that are found until today in private collections and museums in the whole America."
10.2.10
Details of the workshop/ Detalhes do workshop
Ela Bauer's workshop will happen in Monteiro Lobato (March 2010). Check here, more details about its theme:
" One cannot escape the ironic, funny, grotesque aspect of SOUVENIRS. They often are a cliché - notion of a place in miniature. In this manner souvenirs are - like many clichés, a simplified, superficial and anachronistic, but sometimes very much ‘to the point’ vision on a certain place or event.
At the same time Souvenirs imply many issues that have a somewhat melancholic character: memory, sentiment, gone places and times, absence of someone...
I will ask each participant to bring along a few different sorts of souvenirs. We will discuss those objects, listening to the events the souvenirs belong to and try to analyze their "souvenir-characteristics".
As the title of the workshop implies, the journey does not have to be distant in space or time. It may be a metphoriacal journey, as long as it is significant.
Bon Voyage!"
Ela Bauer
Amsterdam
February, 2010
" One cannot escape the ironic, funny, grotesque aspect of SOUVENIRS. They often are a cliché - notion of a place in miniature. In this manner souvenirs are - like many clichés, a simplified, superficial and anachronistic, but sometimes very much ‘to the point’ vision on a certain place or event.
At the same time Souvenirs imply many issues that have a somewhat melancholic character: memory, sentiment, gone places and times, absence of someone...
Fr: souvenir En: memory
The faculty by which things are remembered, Mental capacity, the mental power to revie and recognize the successive states of consciousness in their consecutive order. (2) An art or instance of remembrance; a recollection.
Etymology: French, literally, act of remembering, from Middle French, from (se) souvenir to remember, from Latin subvenire, to come up, come to mind, something that serves as a reminder.
During the workshop I would like the participants to create a souvenir, a memento for a significant event or a journay that they experienced. Along the way of the workshop we will examine the term 'souvenir' and maybe re-interpret it, as well as discuss the relation between souvenirs and jewellery, and to which extent they deal with the same issues.I will ask each participant to bring along a few different sorts of souvenirs. We will discuss those objects, listening to the events the souvenirs belong to and try to analyze their "souvenir-characteristics".
As the title of the workshop implies, the journey does not have to be distant in space or time. It may be a metphoriacal journey, as long as it is significant.
Bon Voyage!"
Ela Bauer
Amsterdam
February, 2010
O workshop de Ela Bauer vai acontecer em Monteiro Lobato (Março2010). Veja aqui mais detalhes sobre seu tema:
" Não se pode escapar dos aspectos ironico, engraçado e grotesco dos Souvenirs. Eles snao frequentemente clichés - noção de um lugar em miniatura. Dessa maneira, souvenirs são, como muitos cliches, uma visão simplificada, superficial e anacronista, mas muitas vezes certeira de um certo lugar ou evento.
ao mesmo tempo Souvenirs implicam em muitas questões que tem de alguma forma um carater melancolico: memória, sentimentos, lugares e tempos visitados, a ausencia de alguem ...
Fr: souvenir En: memory
A faculdade pela qual as coisas são lembradas. Capacidade mental, poder metal para reconhecer os sucessivos estados de consciencias em sua ordem consecutiva. (2) Uma arte ou instancia da lembrança.
Etimologia: Francês, literalmente, ato de lembrar, do latim, subvenire, vir a mente, algo que serve como lembrete.
Durante o workshop eu gostaria que os participantes criassem um souvenir, uma lembrança para um evento ou viagem significativa. Durante o workshop vamos examinar o termo 'Souvenir' e talvez reinterpreta-lo, assim como discutir a relação entre souvenirs e joias e a que ponto eles lidam com as mesmas questões.
Eu pedirei a cada participante que tragam diversos souvenirs. Nos vamos discutir esses objetos, escutar sobre os eventos ao quais os souvenirs estao relacionados e tentar analisar suas caracteristicas de souvenir. Como o proprio titulo revela, a jornada não precisa ser para um momento distante no tempo ou espaço. Pode ser uma viagem metafórica, desde que significante
Bon Voyage!"Ela Bauer
Amsterdam
February, 2010
3.2.10
Workshop with Ela Bauer
From March 5th until March 8th, Ela Bauer will be giving a workshop in Brazil.
Days of intense creative work in the countryside guided by this incredible artist.
The theme of this year workshop will be "Souvenirs from nearby and deep away".
For more details about how does the workshop happens and prices, contact us at info@njoia.com.
Estão abertas as inscrições para o segundo workshop de Ela Bauer em Monteiro Lobato, São Paulo que acontece de 5 a 8 de Março. Serão dias de intensa atividade criativa guiadas por essa incrível artista.
O tema deste ano será "Souvenirs do próximo e profundo"
Para saber como se inscrever no workshop, escreva-nos: info@njoia.com
Days of intense creative work in the countryside guided by this incredible artist.
The theme of this year workshop will be "Souvenirs from nearby and deep away".
For more details about how does the workshop happens and prices, contact us at info@njoia.com.
Estão abertas as inscrições para o segundo workshop de Ela Bauer em Monteiro Lobato, São Paulo que acontece de 5 a 8 de Março. Serão dias de intensa atividade criativa guiadas por essa incrível artista.
O tema deste ano será "Souvenirs do próximo e profundo"
Para saber como se inscrever no workshop, escreva-nos: info@njoia.com
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