17.6.11

Pioneiros: reconhecimentos

Resgatar a importância de uma geração iniciadora nos pareceu relevante, principalmente se nos dermos conta que essa geração não dispunha das facilidades de comunicação e informação com o que se passa no mundo como temos hoje.  Queremos neste post mencionar ações de pessoas de gerações posteriores à dos pioneiros que merecem destaque por prezar esse reconhecimento, sem focar-se apenas em auto-promoção:

A primeira é o prêmio e exposição criados em 2005 por Michael Striemer. Comprometido não apenas com seu trabalho, porem também com o ensino, Striemer reuniu nomes significativos da produção nacional destas décadas pioneiras. Publicamos aqui algumas fotos do evento que pode ser visitado no  site de sua escola California 120
Michael Strimer

Clementina Duarte
Kjeld Boesen
Renée Sasson
Ulla Johnsen

Em segundo, destacamos a exposição Think Twice - New Latin American Jewellery, exposição itinerante que já esteve no Museum of Art and Design de Nova York e que acontece agora em Seattle. Curada por Valeria Vallarta, presidente da Fundação Otro Diseño apresenta entre os 53 artistas, os pioneiros Caio Mourão e Reny Golcman.
Caio Mourão (imagem cedida por Livia Mourão)



Em terceiro, Renato Wagner, que em seu pioneiro livro "Jóia Contemporânea Brasileira", de 1980 destaca:
"O papel de pioneira na arte das jóias, desempenhado por Reny Golcman, foi reconhecido pelo 1º Prêmio que recebeu na XI Bienal International de São Paulo, em 1971, pelas suas jóias mutáveis.
Com as jóias mutáveis, Reny introduziu na joalheria brasileira contemporânea o conceito de obra aberta, de importância fundamental na arte, na música e na literatura das últimas décadas, como Ligia (sic) Clark fizera anteriormente na escultura, com os seus Bichos, e Yacov Agam nos seus quadros.  A idéia de obra aberta foi uma elaboração teórica fundamental que ampliou e aprofundou extraordinariamente a teoria da arte como processo de comunicação, o fundamento de toda a arte do século XX, desde Kandinsky a Marcel Duchamp. A concepção da obra aberta se baseia num aprofundamento da função do fruidor na comunicação artística, visto agora como um participador criativo, em vez de mero espectador."
Reny Golcman

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