12.8.11

Maré: projeto de gravura

gravura de Erneto Bonato


Se o fato de Dürer ter podido observar seu pai ourives trabalhar teve uma importância decisiva no fato dele fazer gravuras em metal excepcionais, não podermos afirmar ao certo, mas que existe uma relação entre as duas linguagens podemos.
Assim. por que não divulgar aqui no blog um evento relativo à gravura??

Neste mês começa o programa de residência artística da Unicamp e o artista em questão é Ernesto Bonato que vai desenvolver um projeto em gravura coletivo.

“Maré”, uma gravura de quatro metros de comprimento em compensado de cedro naval, em três cores será produzida juntamente com alunos do Instituto de Artes (IA).  A ideia é montar um ateliê no IA para proporcionar aos graduandos e pós-graduandos, durante o segundo semestre, um contato com todas as etapas de desenvolvimento de um projeto artístico, desde a concepção até a exposição da obra acabada.

Bonato afirma: “na verdade, a gravura já nasceu num sistema pré-industrial, em que uma pessoa fazia o desenho, outra copiava para a madeira, uma terceira gravava a madeira e a quarta cuidava da encadernação (caso fosse um livro). Essa abordagem foi sendo perdida com o modernismo e a gravura passou a ser mais autoral, em que um único artista domina todas as etapas. Vemos agora uma tendência de retomada daquele processo coletivo, que é muito importante e que torna a gravura viva até hoje”.

O projeto ainda prevê encontros mensais, abertos para toda a comunidade, com palestras sobre temas gerais:

Terças-feiras, das 14h às 16h.
Local: Sala 03, Pós-graduação do Instituto de Artes da Unicamp.

16/08 - Um percurso. Apresentação de alguns projetos do artista.
Exposição do projeto a ser realizado durante o período de
residência na Unicamp.

13/09 - O Ateliê. O que é o ateliê? Como pode ser configurado?
Como o espaço de trabalho reflete e condiciona nossa capacidade
de pensar, sentir, agir? Organização e liberdade. O Ateliê como
espaço de convívio. O que é um ateliê saudável? O objetivo é trazer
elementos concretos para uma avaliação e possível transformação
de nosso espaço de trabalho, tornando mais claras as nossas
escolhas.
18/10 - A prática artística. No que consiste a preparação para o
fazer artístico? Como transformar a prática artística numa
ferramenta de desenvolvimento de si e de aprendizado contínuo?
Como fortalecer um caminho genuíno, autônomo e, a medida do
possível, livre? O que a prática da gravura pode nos ensinar? Como
podemos conectar práticas específicas com práticas gerais na
vida?

22/11 - A imagem gráfica. Reflexões sobre a natureza da gravura e
da linguagem gráfica. Sua constituição ao longo do tempo e seus
desdobramentos na atualidade.

20/12 - Uma experiência comum. Apresentação e reflexão sobre
os resultados da residência artística. Exibição da documentação do
processo de trabalho e das obras realizadas no período.


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