2.9.10

Dialogos: Cristina Filipe

Cristina Filipe, esta vindo ao Brasil. NOVAJOIA esta promovendo Diálogos com Cristina Filipe no dia 13 de Setembro.  Ainda há vagas. Inscreva-se, traga seu portfolio e tenha uma conversa particular com ela sobre seu próprio trabalho.

Abaixo algumas frases da artista joalheira e professora da Ar.Co numa entrevista a Miguel Matos. Leia a entrevista completa no site UMBIGO


«Sempre vivi muito a joalharia, no sentido verdadeiro não só de fazer, mas também de estar com e ir à procura de. As viagens que fiz foram sempre derivadas dessa procura. Sempre humanizei muito a jóia»

«A jóia é uma peça que tem uma interacção muito grande com o corpo. Não é um trabalho estático»

(em relação aos conceitos de joalharia e ourivesaria)«Já ultrapassei essa questão. Trata-se apenas de vocabulário e do significado das palavras que cada pessoa interpreta da sua forma. O termo geral adoptado internacionalmente foi joalharia, por ser mais abrangente. Joalharia era a jóia que, para além dos metais, possuía pedras. Por exemplo, na área da escultura, esta também pode ser em pedra, bronze, etc. por isso a distinção entre ourivesaria, joalharia e prataria já não faz sentido. Também se pode dizer joalharia contemporânea ou de autor mas não vejo essa necessidade. Simplesmente há uma falta de informação que obriga a clarificar as coisas: Não sei se joalharia é a palavra certa para todas estas áreas, mas foi o termo que se adoptou porque implica um menor comprometimento com os materiais utilizados. Na verdade, uma peça contemporânea totalmente feita em ouro pode perfeitamente chamar-se de ourivesaria. Por isso, o termo mais convergente é joalharia e depois podemos dizer que é contemporânea ou de autor para ajudar a entender melhor de que tipo de trabalho se fala. Para além disso qualquer outra distinção não faz sentido e quem faz joalharia deve esquecer essas questões de preconceito».


(sobre joalheria e moda) «Nas escolas onde se ensina joalharia não se trabalha com a planificação da moda por estações. A moda é umtrabalho mais de consumo, muito mais efémero. Não se adoptou essa estrutura ao nível do ensino da joalharia. Adoptou-se o método das artes plásticas, com todo um conceito, uma reflexão. Para além disso, muitos trabalhos de joalharia, pelo custo e tempo aplicado na sua execução, estão impedidos de serem avaliados dessa forma».

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