12.1.10

Entrevista com Brunno Jahara



Aproveitando a abertura do Jahara Studio em São Paulo, fizemos uma mini-entrevista com o designer Brunno Jahara.
NJ:Voce é um designer super versátil, com projetos de diferentes tipos de objetos. O que faz voce decidir criar jóias, o que é uma jóia para voce?
BJ: A criação de acessórios para mim vem um pouco da minha pesquisa com materiais, e de trazer o meu trabalho de instalação para uma escala mais intima. De poder, de certa maneira, dar o acesso a um trabalho único a várias pessoas, e também acho interessante o fato de a jóia transportar uma idéia por onde transita. Outro fator é um pouco relacionado com meu nome JAHARA, que em libanês quer dizer Jóia Rara. Engraçado, pois meio que está já intrínsico no meu nome a criação de joalheria.... por um tempo pensei em me dedicar exclusivamente a isso, mas fui levado naturalmente a trabalhar de maneira multi-disciplinar.

NJ:A produção ser industrial ou de peça única, como é essa decisão relativa a suas peças de joalheria?
BJ: Bom, minha produção (de quase todos os produtos) segue uma lógica de série, mas desenvolvo o projeto de maneira a que cada objeto é único. E´ uma coisa meio estranha, mas me interessa o fato que nosso genoma é 99,9% igual e apenas 0,01% determina nossas diferenças de raça, cor de cabelo, etc... traspondo isso para a criação de objetos, acabo por fazer muitas peças com o mesmo processo mas onde cada uma tem sua própria personalidade e características únicas.


NJ:Voce pode contar um pouco da historia do seu envolvimento com o plastico e o metodo da fusão que voce desenvolveu?
BJ:Então, o plástico e as borrachas são materiais que me dão muito conforto na criação de objetos, pois são altamente versáteis e fáceis de trabalhar. Eu morando na Itália acabei entrando em contato com uma fábrica que me pediu para desenvolver os Aglutinóginos em série como presente aos seus top 300 clientes mundiais, passei um mês em uma pequena cidade da Lombardia onde foi criada a bakelite e aprendi muito. Lá desenvolvi essas linhas de fusão que são basicamente restos industriais reciclados no forno, praticamente eu cozinho o plástico criando desenhos sólidos e os transformando em objetos, acessórios ou instalações.

After Jahara Studio opening in São Paulo, we asked the designer Brunno Jahara a few questions regarding jewellery:
NJ:You are very versatile designer super versátil, designing all sorts of objects. What makes you decide to create a jewelry piece? What is a jewel to you?
BJ: The creation of accessories to me comes from my material research and also from turning the instalations into a more intimate scale. Somehow is to give the access of an unique work to many people. I also find interesting that a jewel my transport an idea wherever it goes.  another thing is that my name  JAHARA, in libanese, means rare jewel. It is funny, because it is part of my name the creation of jewels. For sometime I thought about dedicating me exclusevely to that, but then I was naturally taken to a multidisciplinary way of working.

NJ: The production can be industrial or of an unique piece, how is this decision make regarding your jewellery pieces?
BJ: Well, my work (most of them) follow the logic of series production, but I develop each project in a way each product is unique. It is somenthing weird, but interests me the fact that our genome is  99,9% the same and only 0,01% of it gives us our differences  (races, hair color, etc). I translate that to my object creation , making many pieces with the same process but each one has its own personality and unique characteristics.



NJ:Can you tell us a bit about the story of your envolvement with plastic and the fusion method you used?
BJ:Plastics and rubber are material with which I feel very confortable to work. They are extremely versatile and easy to work with. Living in Italy, I got in touch with an industry who asked me to develop the  Aglutinóginos as a gift to its clients. I spent a month in a little city in  Lombardia where bakelite  was created and I learned a lot. There I developed the fusion lines which are basically recycled industrial remains put in the oven. I practically cook the plastic creating solid drawings, transforming them into acessories, objects or installations.

postado por Mirla Fernandes 





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