30.8.11

Nova edição do livro sobre o Gray Area



A Fundação Otro Diseño avisa que está sendo lançada uma segunda (e última) edição do livro sobre o Simpósio Gray Area que aconteceu em abril do ano passado na Cidade do México.
O evento teve representantes da América Latina, Europa, Ásia e Nova Zelandia e o livro traz ensaios de Liesbeth den Besten (Holanda), Jorge Manilla (Mexico/Bélgica), Cristina Filipe (Portugal), Miguel Luciano (Porto Rico), Monica Gaspar (Espanha), Valeria Vallarta (Mexico/Holanda), Damien Skinner (Nova Zelandia), e Mirla Fernandes (Brasil) entre outros.
Para quem quiser fazer o pedido do livro, clique no link

29.8.11

"O relicário revisitado" : inscrições abertas

"O relicário revisitado", workshop com Mirla Fernandes
Partindo de referências clássicas e contemporâneas, propomos aos alunos que realizem sua versão deste clássico.

segundas-feiras das 19h00 às 22h00
03/10  17/10  24/10 e 31/10
local: FAAP
2x 200 reais
15 vagas
Mais infos:http://www.faap.br/nucleocultura/programacao/2011_2/relicario.html
Inscrições apenas na FAAP

12.8.11

Maré: projeto de gravura

gravura de Erneto Bonato


Se o fato de Dürer ter podido observar seu pai ourives trabalhar teve uma importância decisiva no fato dele fazer gravuras em metal excepcionais, não podermos afirmar ao certo, mas que existe uma relação entre as duas linguagens podemos.
Assim. por que não divulgar aqui no blog um evento relativo à gravura??

Neste mês começa o programa de residência artística da Unicamp e o artista em questão é Ernesto Bonato que vai desenvolver um projeto em gravura coletivo.

“Maré”, uma gravura de quatro metros de comprimento em compensado de cedro naval, em três cores será produzida juntamente com alunos do Instituto de Artes (IA).  A ideia é montar um ateliê no IA para proporcionar aos graduandos e pós-graduandos, durante o segundo semestre, um contato com todas as etapas de desenvolvimento de um projeto artístico, desde a concepção até a exposição da obra acabada.

Bonato afirma: “na verdade, a gravura já nasceu num sistema pré-industrial, em que uma pessoa fazia o desenho, outra copiava para a madeira, uma terceira gravava a madeira e a quarta cuidava da encadernação (caso fosse um livro). Essa abordagem foi sendo perdida com o modernismo e a gravura passou a ser mais autoral, em que um único artista domina todas as etapas. Vemos agora uma tendência de retomada daquele processo coletivo, que é muito importante e que torna a gravura viva até hoje”.

O projeto ainda prevê encontros mensais, abertos para toda a comunidade, com palestras sobre temas gerais:

Terças-feiras, das 14h às 16h.
Local: Sala 03, Pós-graduação do Instituto de Artes da Unicamp.

16/08 - Um percurso. Apresentação de alguns projetos do artista.
Exposição do projeto a ser realizado durante o período de
residência na Unicamp.

13/09 - O Ateliê. O que é o ateliê? Como pode ser configurado?
Como o espaço de trabalho reflete e condiciona nossa capacidade
de pensar, sentir, agir? Organização e liberdade. O Ateliê como
espaço de convívio. O que é um ateliê saudável? O objetivo é trazer
elementos concretos para uma avaliação e possível transformação
de nosso espaço de trabalho, tornando mais claras as nossas
escolhas.
18/10 - A prática artística. No que consiste a preparação para o
fazer artístico? Como transformar a prática artística numa
ferramenta de desenvolvimento de si e de aprendizado contínuo?
Como fortalecer um caminho genuíno, autônomo e, a medida do
possível, livre? O que a prática da gravura pode nos ensinar? Como
podemos conectar práticas específicas com práticas gerais na
vida?

22/11 - A imagem gráfica. Reflexões sobre a natureza da gravura e
da linguagem gráfica. Sua constituição ao longo do tempo e seus
desdobramentos na atualidade.

20/12 - Uma experiência comum. Apresentação e reflexão sobre
os resultados da residência artística. Exibição da documentação do
processo de trabalho e das obras realizadas no período.


6.8.11

Um olhar sobre joalheria/design

Leia abaixo interessante trecho do texto de Jose Carlos Marques extraido do Klimt02:

"Qualquer indivíduo que vive em comunidade é um contribuidor e produtor de sua cultura, tem ainda a possibilidade de ser  considerados seu agente de maior potencial. Seu comportamento, seu trabalho e legado podem contribuir, adicionando ou subtraindo, para o enriquecimento da cultura herdada e compartilhada. Aqueles que se apresentam a públicos maiores deveriam ter uma consciência e responsabilidades maiores.

O design é parte de um grupo de disciplinas que operam em escala global que tem como objetivo primeiro melhorar a qualidade de vida das pessoas; sua ambição, inicialmente é alcançar o mais vasto e diversificado público. O local e o global são ditos pelas vozes de seus produtos, mais ou menos híbridos e multiculturiais, que tornam-se integrados sem imposição, educando e promovendo uma cultura edificante que é cada vez mais globalizada.

Se as preocupações éticas na joalheria são as mesmas do design, o palco onde age o joalheiro pode diferir substancialmente. Um joalheiro, como um agente cultural, é um mediador na comunicação de valores axiológicos e estéticos e pode atuar para públicos que são compostos pelo singular; além disso, seu trabalho ainda faz sentido se é único, até o ponto que sua imagem possa ser compartilhada.

Assim como no design, deve haver equilíbrio, reflexão e consciência sobre o modo como a mensagem é construida e passada, A jóia é equivalente a fala, e sendo assim, promove um sistema de várias equações que agem em níveis sutis da personalidade humana, levando a fortes reações, tanto químicas quanto físicas. Seu alcance aumenta com o numero de participantes na medida que esta experiência se multiplica. O simples ato de ver é acompanhado por uma emoção que é composta da cultura que possuímos pontuada por nossas experiências pessoais, e é dessa composição que os futuros moldes podem ser construidos.

Outra semelhança que a joalheria tem com o design é a sua intensificação  desde os anos 60. Trocando valores e fronteiras logo novas linguagens emergiram e se solidificaram. Se por um lado, diversidade trouxe vantagens que ofereceram novas oportunidades, também disseminou espécies perigosas cujo interesse principal é o dinheiro, isolando espécies endêmicas a territórios que estão sempre diminuindo.

Os problemas da produção que foram eliminados no começo do séc. XX abriram caminho para a praga que parece ter sido ainda mais terrível, o consumismo selvagem que caracteriza a sociedade fast-food ou o modelo neoliberal de globalização. Grupos no poder criam e promovem falsas necessidade, apelando ao consumismo como única forma de encontrar a felicidade terrena. Nenhuma pratica está intacta e as operações alcançam as mais diversas áreas incluindo o design e a joalheria."

2.8.11

Curso História da Joalharia e da Prataria em Portugal e no Brasil

INSCRIÇÕES ABERTAS!

Prof. Dr. Gonçalo Vasconcelos e Sousa, diretor do departamento de arte e restauro da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto vai ministrar o curso História da Joalharia e da Prataria em Portugal e no Brasil.

Este é o primeiro curso sobre estes temas ministrado no Brasil e no Rio.Trata-se de uma oportunidade imperdível com o maior especialista português em ourivesaria e prataria dos séculos XVIII e XIX.


História da Joalharia e da Prataria em Portugal e no Brasil
Prof. Dr. Gonçalo Vasconcelos e Sousa
Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro
5, 6, 8 e 9 de SETEMBRO
mhn.cursos@museus.gov.br
21-2550.9257